“Só,
talvez, que procuras demais, que de tanta busca não tens tempo para encontrar
coisa alguma. (...) Quando alguém procura muito – explicou Sidarta – pode facilmente
acontecer que seus olhos se concentrem exclusivamente no objeto procurado e que
ele fique incapaz de achar o que quer que seja, tornando-se inacessível a tudo
e a qualquer coisa porque sempre só pensa naquele objeto e porque tem uma meta,
que o obceca inteiramente. Procurar significa ter uma meta. Mas achar significa
estar livre, abrir-se a tudo, não ter meta alguma. Pode ser que tu, ó
Venerável, sejas realmente um buscador, já que, no afã de te aproximares de tua
meta, não enxergas certas coisas que se encontram bem perto dos olhos.”
(Hermann Hesse, em Sidarta)
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