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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Gotinha meiga e mansa...

Bela de Kristo

Gotinha meiga e mansa
acaricia meu rosto,
descendo suave
a trilha da saudade.

Lá fora as rosas rosas
E os hibiscos dourados
saúdam o outono.

Negro curió entre os poleiros
saltita de júbilo e gorjeia,
mesmo nos confins
das grades da vida.

Só eu,
do outro lado das coisas,
choro.

Tornei-me o poro por onde passa,
no vazio de uma lágrima,
o peso de tua falta.

(Sonia Carneiro Leão, no poema Trilha da saudade)

segunda-feira, 18 de maio de 2020

O coração é...

Vadim Chazov

“O coração é para sempre inexperiente.”

(Henry David Thoreau, escritor)

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Lembro-me do passado...

Anna Oneglia

“Lembro-me do passado, não com melancolia ou saudade, mas com a sabedoria da maturidade que me faz projetar no presente aquilo que, sendo belo, não se perdeu.”

(Lya Luft, escritora brasileira)

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Um dia frio...

Dana Krinsky

Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você
Eu sem você não vivo

Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você
E tudo me divide

Longe da felicidade e todas as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo
És manhã na natureza das flores

Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes
Não te esquecerei um dia
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você

E tudo nascerá mais belo
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris

(Djavan, na canção Um dia frio)

sábado, 21 de março de 2020

Outono - Hemisfério Sul

Revista House Beautiful 1929

Tu és folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
E vou por este caminho,
certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...

(Cecília Meireles, no poema Canção de Outono)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Terça-feira de Carnaval

Pablo Picasso

No carnaval
Se a gente quer
Pierrot vira anjo
Fantasia de papel
Se eu chorei
Não foi em vão

Pierrot quando chora
É sinal de solidão
Foi no carnaval
Me apaixonei

Madrugada caiu do céu
O vento levou
Meu tamborim
Batucada, calor

(Pierrot, de Flávio Venturini)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O tempo passa voando…

Gildásio Jardim Barbosa

O tempo passa voando…
Mentira, posso jurar.
Se estou meu bem esperando,
como ele custa a passar!

(Lilinha Fernandes)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Ouço a chuva cair...

Charles Hoffbauer

Ouço a chuva cair. Olho as ruas molhadas.
Penso nas violetas e nos jardins em flor.
Desce ao meu coração uma paz sem memória.
Desce ao meu coração uma doçura imensa…

Lembro o amor a dormir tranquilo e sossegado
A rua esquiva e sem pregões, a rua pobre,
A rua humilde e a casa pequenina, em que se abriga
Lembro a infância que foi e outras manhãs já longe.

Sinto a vida como a chuva descendo
Sobre os quietos beirais, sobre as ruas, descendo
Sinto que o tempo é bom porque não para nunca

Um ritmo de abrigo envolve as coisas, tudo,
Vontade de dormir o grande sono calmo
Ouvindo a chuva triste e mansa a descer sobre mim.

(Augusto Frederico Schmidt, no poema Canção da breve serenidade)

domingo, 12 de janeiro de 2020

Na indolência de um domingo...

Joel Firmino do Amaral

Na indolência de um domingo de verão,
quando o sol cerceia o movimento e o calor detém a brisa,

Quando o bafo quente das calçadas se ergue lento,
envolve o corpo e reprime pensamentos,

Quando a inércia paralisa insetos,
cala pássaros, esconde peixes,

No meio da tarde indiferente,
preguiçosa, frouxa e incandescente,

Um solitário acordeon se faz ouvir.

É gemido desditoso, lamento sofrido.
Queixume penoso.

No ar estagnado do bairro,
por entre casas sonolentas e mudas torres de igrejas,

por cima do asfalto amolecido das ruas,
mascarando o borbulhar do riacho,

vibram notas saudosas, melodias sofridas,
canções de outras eras, de outras terras.

Gemidas.

A nostalgia se espalha.
Manta transparente, que envolve.
Aderente.

Libação sonora, suadouro enlutado,
carpindo na tarde.

Canto solitário de imigrante europeu,
Chora a terra, a distância,
a perda do lugar em que nasceu.

(Ladyce West, no poema O som mais triste…)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Meu lenço...

Jean Pierre Cassigneul

Meu lenço, na despedida,
tu não viste, em movimento:
lenço molhado, querida,
não pode agitar-se ao vento.

(Carlos Guimarães)

terça-feira, 19 de novembro de 2019

“Volta!”, eu peço...

Alberto Rafols Cullerés

“Volta!”, eu peço, em voz bem alta!
Antes que a minha ansiedade
faça com que o “sentir falta”
passe a chamar-se… “saudade”…

(Izo Goldman)

sexta-feira, 26 de julho de 2019

26/07 - Dia dos Avós

Frank O. Salisbury

Vovó, teu nome é ternura,
canção de amor e amizade.
Quem te possui, que ventura!
Quem te perdeu, que saudade!

(Nair Starling dos Santos Almeida)

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Conversas de marinheiro...

U. M. T. Hla

Conversas de marinheiro
ouço nas conchas do mar.
São almas de jangadeiros
Que não puderam voltar.

(Hegel Pontes)

segunda-feira, 8 de julho de 2019

A distância é...

Frederick Simpson Coburn

“A distância é para o amor, como o vento para o fogo.”

(Provérbio popular)

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Nossa estrada, que era igual...

Coby Whitmore

Nossa estrada, que era igual,
dividiu-se em dois caminhos:
eu, regando o roseiral,
você…contando os espinhos.

(Vanda Fagundes Queiroz)

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Inverno - Hemisfério Sul

Jimmy Lao

O frio chega – assovia
Espia pela janela
Inverno congela
Longe dos braços dela
Pinhão na panela
Amor que espera
Longe de sua quimera

Esperança – não esfria
Mesmo sem os olhos dela
Mesmo que o inverno apele
Mesmo que a quimera voe
E que o pinhão 
Queime na panela
Sonho com os braços dela

(Carlos Eugenio Vilarinho Fortes, no poema Meu frio)

quinta-feira, 21 de março de 2019

Outono - Hemisfério Sul


Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...

(Cecília Meireles, no poema Canção de Outono)

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Espero que a semana acabe...

Dan Beck

E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o teu cheiro ainda está no travesseiro?
E o teu cabelo está enrolado no meu peito

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo

E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"
Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo...de novo...de novo

(Nando Reis, na música “N”)