A
ideia é a rotina do papel.
O
céu é a rotina do edifício.
O
inicio é a rotina do final.
A
escolha é a rotina do gosto.
A
rotina do espelho é o oposto.
A
rotina do perfume é a lembrança.
O pé
é a rotina da dança.
A
rotina da garganta é o rock.
A
rotina da mão é o toque.
Julieta
é a rotina do queijo.
A
rotina da boca é o desejo.
O
vento é a rotina do assobio.
A
rotina da pele é o arrepio.
A
rotina do caminho é a direção.
A
rotina do destino é a certeza.
Toda
rotina tem sua beleza.
(Rotina,
de Arnaldo Antunes)
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