Armínio Pascual
“Por
que outra razão o momento de o trem parar com um último solavanco seria um
momento mágico, um momento de dramaticidade silenciosa? Isso acontece porque
nós, desde os primeiros passos que damos em uma plataforma estranha e ao mesmo
tempo não mais estranha, retomamos uma vida que havíamos interrompido e
abandonado quando, da primeira vez, sentimos o primeiro solavanco do trem que
partia. O que poderia ser mais excitante do que retomar uma vida interrompida
com todas as suas promessas?”
(Mercier Pascal, no livro Trem Noturno Para Lisboa)
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