Christine Reilly
“Acho que nossos caminhos se separam aqui. Seria
bom escrever uma lista de ‘eu acho’, pensou Laurent. Dominique se aproximou,
passou a mão pelos cabelos dele, seu sorriso era desiludido. Belas aventuras,
Laurent. Não me telefone nunca, acrescentou ela, glacial, antes de jogar fora o
cigarro recém-iniciado e de voltar para dentro do restaurante. Pronto, estava
terminado. Como se podia desaparecer tão facilmente da vida de alguém? Talvez
com a mesma facilidade, em suma, com que se entrava. Um acaso, palavras
trocadas, e é o fim dessa mesma relação.”
(Antoine Laurain, no livro A
caderneta vermelha)
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