José Ferraz Pompeu
“... as gralhas, os pardais e os pombos, na alegria
da primavera, já preparavam os ninhos e as moscas zumbiam junto às paredes,
aquecidas pelo sol. Também estavam alegres as plantas, as aves, os insetos, as
crianças. Mas as pessoas – as pessoas crescidas, adultas – não paravam de
enganar e atormentar a si mesmas e umas às outras. Achavam que o sagrado e o
importante não era aquela manhã de primavera, não era aquela beleza do mundo de
Deus, concedida para o bem de todos os seres – beleza que predispunha para a
paz, a concórdia e o amor –, mas sim que o sagrado e o importante era aquilo
que elas mesmas inventaram a fim de dominarem umas às outras.”
(Liev Tolstoi,
no livro Ressurreição)
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