sexta-feira, 8 de março de 2019

Maurício de Sousa: Maravilhoso!!


A história de Rafaela Silva no judô começou cedo, quando ainda tinha 5 anos, em 1997. Rafaela morava na comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e começou na associação de moradores do bairro. Aos oito anos, chegou ao Instituto Reação, projeto do medalhista Olímpico Flavio Canto. Foi lá que Rafaela conheceu Geraldo Bernardes, seu técnico e um dos seus maiores incentivadores. Em 2008, aos 16 anos, Rafaela ganhou seu primeiro título mais importante, em Bangcoc, na Tailândia: campeã mundial júnior. No final do mesmo ano, Rafaela entrou para seleção brasileira de judô adulta. Em 2009, ficou em 5° lugar em seu primeiro mundial adulto, em Roterdã, na Holanda. Em 2011, após tornar-se vice-campeã dos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México, Rafaela foi premiada com a medalha que escapou em 2009: vice-campeã mundial adulta em Paris. Em 2012, representou o Brasil nos Jogos Olímpicos. No evento, Rafaela foi eliminada nas oitavas de final por um usar um golpe que não era mais aceito pelas regras. Alvo de ofensas racistas, ela chegou a pensar em abandonar o judô, mas deu a volta por cima e seu triunfo veio em 2013, no Rio de Janeiro, após derrotar por ippon (pontuação máxima no judô) a americana Marti Malloy e encerrar sua a competição invicta, tornando-se a primeira brasileira campeã mundial de judô. E ainda teve mais: conquistou a primeira medalha de ouro brasileira nos jogos olímpicos Rio 2016. “É muito bom para as crianças que estão assistindo ao judô agora ver alguém como eu, que saiu da Cidade de Deus, que começou o judô com cinco anos como uma brincadeira, ser campeã mundial e olímpica, é algo inexplicável. Se essas crianças têm um sonho, têm que acreditar que pode se realizar, disse Rafaela na época da olimpíada.”

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