“Se
não passássemos de indivíduos isolados, se cada um de nós pudesse realmente ser
varrido por uma bala de fuzil, não haveria sentido algum em relatar histórias.
Mas cada homem não é apenas ele mesmo, é também um ponto único, singularíssimo,
sempre importante e peculiar, no qual os fenômenos do mundo se cruzam daquela
forma uma só vez e nunca mais. Assim, a história de cada homem é essencial,
eterna e divina... Em cada um dos seres humanos o espírito adquiriu forma, em
cada um deles a criatura padece, em cada qual é crucificado um Redentor...
Assim é que podemos entender-nos uns aos outros, mas somente a si mesmo pode
cada um interpretar-se.”
(Hermann Hesse, em Demian)
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