Jacqueline Osborn
“Eu, me debruçando, consegui ver o seu perfil.
Laurent tem um nariz muito reto, uma boca bem delineada e, naquele dia, não
havia feito a barba. Também tem uns olhos doces, quase um pouco tristes, e que
de repente começaram a se estreitar e a se tornar sorridentes quando o garçom
fez uma brincadeira que eu não consegui ouvir. Sempre gostei dos homens cujos
olhos passam, em poucos segundos, da melancolia à cumplicidade. Xavier era
assim, meu pai também.”
(Antoine Laurain, no livro A caderneta vermelha)
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