Clóvis Péscio
Do seio
da floresta secular,
Ao
abrigo do sol mais inclemente,
Gota por
gota, vê-se derivar
A fonte
cristalina e refulgente.
Deitada
no seu leito, a murmurar.
Talvez.
uma canção de amor fremente,
Reflete,
no seu prisma, ao sol e ao luar,
Tudo que
a cerca, a plácida corrente.
Repousa,
assim, no leito, a correnteza,
Aos
embalos sutis da natureza,
Como
encantada Ninfa, em seu ritual.
Dorme…
Depois, num sobressalto, acorda
E, como
que a fremir de amor, transborda
E se
espreguiça pelo branco areal…
(Faustino
Nascimento, no poema A fonte)
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