Walter M. Baumhofer
“Em seu quadragésimo terceiro ano, William Stoner
aprendeu o que outros, muito mais jovens que ele, haviam aprendido antes dele: que
a pessoa que se ama no começo não é a pessoa que enfim se ama, e que o amor não
é um fim, mas um processo através do qual uma pessoa experimenta conhecer
outra.
Eram ambos muito tímidos, e começaram a explorar um
ao outro lentamente e com cautela. Aproximavam-se e afastavam-se, tocavam-se e
imediatamente recuavam, pelo medo de impor ao outro mais do que poderia ser
desejado. Dia após dia, as camadas de reserva que os protegiam foram caindo, e
assim, como acontece com as pessoas extremamente tímidas, abriam-se um ao
outro, desprotegidos, desinibidos e perfeitamente à vontade.”
(John Williams,
no livro Stoner)
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