Anita Fraga
“Exige-se longo tempo e paciência para enterrar uma
ausência. Aquele que se foi ocupa todos os vazios. Como água, também a ausência
não permite o vácuo. Ela se instala mesmo entre as pausas das palavras. Na
morte, a ausência ganha mais presença. É substantivo e concreto tudo aquilo que
permanece. Daí, os mortos passearem entre nós. Jamais imaginei seu espírito
transfigurado em fruto.”
(Bartolomeu Queirós, no livro Vermelho amargo)
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