Arthur Ernst Becher
“Rosa
era seu nome e – como a mulher dos meus sonhos, aquela de quem nunca saberei
todos os segredos e para quem sempre terei uma história nova – era misteriosa,
elegante, cheia de enigmas. Suas linhas perfeitas escondiam-lhe muito bem a
idade. Muito se contava a seu respeito. Grandes aventuras, viagens perigosas.
Todos na ilha a conheciam.
Não resisti,
e fui ter com ela. E, desde a hora em que deitei os olhos em suas doces curvas,
não descansei mais até que fosse minha. Pertencia a um velho pescador, e não foi
fácil fazê-lo entender essa súbita paixão.
Rosa
IX, linda e encantadora canoa de nobre madeira, o caubi, nove metros talhados
de uma única tora, linhas perfeitas, traço fino, estilo apurado, um verdadeiro
caso de amor.”
(Amyr Klink, em Cem Dias Entre Céu e Mar)
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