Alfredo Araujo Santoyo
Se é
sempre Outono o rir das primaveras,
Castelos,
um a um, deixa-os cair...
Que
a vida é um constante derruir
De
palácios do Reino das Quimeras!
E
deixa sobre as ruínas crescer heras.
Deixa-as
beijar as pedras e florir!
Que
a vida é um contínuo destruir
De
palácios do Reino de Quimeras!
Deixa
tombar meus rútilos castelos!
Tenho
ainda mais sonhos para erguê-los
Mais
altos do que as águias pelo ar!
Sonhos
que tombam! Derrocada louca!
São
como os beijos duma linda boca!
Sonhos!...
Deixa-os tombar... deixa-os tombar...
(Florbela
Espanca, em Ruínas)
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