Karen Cooper
“Ifemelu pousou a cabeça contra a de Obinze e
sentiu, pela primeira vez, o que sentiria em muitas outras ocasiões com ele:
uma autoafeição. Ele fazia com que ela gostasse de si mesma. Com Obinze,
Ifemelu se sentia confortável; era como se sua pele fosse do tamanho certo.
Contou a ele como queria muito que Deus existisse, mas temia que não existisse,
como se preocupava com o fato de que devia saber o que queria fazer da vida,
mas nem sabia o que queria fazer na faculdade. Parecia tão natural conversar
com ele sobre o que lhe viesse à cabeça. Ifemelu nunca tinha feito isso antes.
A confiança tão súbita, mas tão completa, e a intimidade a assustavam.”
(Chimamanda Ngozi Adichie, no livro Americanah)
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