Um espaço criado para dividir palavras - palavras interessantes, belas, reflexivas, divertidas, fortes, questionadoras, encantadoras, confortantes, enfim, todas as capacidades infinitas daquilo que faz do homem um ser sagrado: a palavra.
domingo, 11 de maio de 2014
Nenhum trapaceiro...
“Nenhum trapaceiro na face da terra nos engana tão bem quanto o trapaceiro que existe em nós, e com tais pretextos eu enganava a mim mesmo. Uma coisa bastante curiosa, certamente. Que eu receba inocentemente uma moeda falsa de meia-coroa feita por algum outro, é bastante razoável; mas que eu aceite como dinheiro bom, com pleno conhecimento, as moedas espúrias cunhadas por mim mesmo, é espantoso! Um estranho amável, sob o pretexto de guardar em segurança as minhas cédulas, apropria-se delas e me entrega cascas de noz; mas o que representa esse truque de prestidigitador que ele faz comparado ao meu, quando guardo, eu mesmo, minhas cascas de noz, e as faço passar aos meus próprios olhos como cédulas verdadeiras!”
(Charles Dickens, em Grandes Esperanças)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário