sábado, 30 de julho de 2016

30 de Julho - Dia Internacional da Amizade (ONU)

Gabriela Merediz

"A amizade é a afeição divina."

(Rose Bonheur, artista plástica francesa)

Paparazzo: celebridades e livros

Kate Moss

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Quantas coisas...

Léopold von Kalchreuth

“Quantas coisas nos sentimos obrigados a fazer por princípio, por conveniência, por educação, que nos pesam e não mudam nada no curso dos acontecimentos?”

(Antoine Laurain, no livro A caderneta vermelha)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Havia ainda uma loura de tailleur...

Lesser Ury

“Havia ainda uma loura de tailleur cinza a duas mesas de distância, lendo uns documentos. Por duas vezes, ergueu a cabeça para Laurent, tragando seu cigarro Vogue com uma expressão inspirada. Fazia bem o gênero dessas mulheres que sabem suscitar instantaneamente o interesse dos homens com dois sorrisos, só o tempo de lhes pedir a pimenta ou o saleiro. Garçom, não tenho açúcar aqui, disse ela em voz alta, pode me trazer? Laurent, que não tinha usado sua dose de açúcar, nem sequer ergueu os olhos do livro, e o garçom pousou o açucareiro sobre a mesa da mulher. Não deu certo, pensei sorrindo. Como a maioria dos homens não propriamente bonitos mas sedutores, Laurente não tem a menor consciência do seu charme. A mulher foi embora sem colocar sequer um grãozinho de açúcar em seu café.
Tenho medo de que esse homem me agrade.”

(Antoine Laurain, no livro A caderneta vermelha)

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Eu, me debruçando, consegui ver...

Jacqueline Osborn

“Eu, me debruçando, consegui ver o seu perfil. Laurent tem um nariz muito reto, uma boca bem delineada e, naquele dia, não havia feito a barba. Também tem uns olhos doces, quase um pouco tristes, e que de repente começaram a se estreitar e a se tornar sorridentes quando o garçom fez uma brincadeira que eu não consegui ouvir. Sempre gostei dos homens cujos olhos passam, em poucos segundos, da melancolia à cumplicidade. Xavier era assim, meu pai também.”

(Antoine Laurain, no livro A caderneta vermelha)

terça-feira, 26 de julho de 2016

26 de Julho - Dia dos Avós


Vovô me contou:
“Tempo de menino é maior
que tempo de vô!”

(Ziraldo, em O Pequeno Livro de Hai-Kais do Menino Maluquinho)

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Dia do Escritor

Ilya Efimovich Repin - Retrato do escritor russo Liev Tolstói


“Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não.”

(José Saramago, escritor português)

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Só, eu vivo bem comigo...


Só, eu vivo bem comigo,
pois sou boa companhia;
nem preciso de um amigo
para sentir harmonia.

(Lygia Lopes dos Santos)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

quarta-feira, 20 de julho de 2016

20 de Julho - Dia do Amigo

Alexey Slusar

"Quanto mais cedo você fizer novos amigos, mais cedo terá velhos amigos."

(Eric Berne, psiquiatra estado-unidense)

Na corda bamba da vida...

Gorjuss

Na corda bamba da vida
meu equilíbrio anda perto
de descobrir a medida
entre um tombo e um passo certo.

(Alba Christina)

terça-feira, 19 de julho de 2016

E no meio de um inverno...

János László Aldor


“E no meio de um inverno eu finalmente
aprendi que havia dentro de mim
um verão invencível.”

(Albert Camus, escritor franco-argelino)

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Laurent se perguntou...

Anthony Morris


“Laurent se perguntou se aquele homem não tinha empurrado a porta da livraria unicamente para definir com palavras exatas o sentimento que o habitava.
Pode-se sentir a nostalgia daquilo que não aconteceu? O que nós denominamos ‘pesares’, e que concerne às sequências de nossas vidas em que temos quase certeza de não haver tomado a decisão correta, comportaria uma variante mais singular, que nos envolveria numa embriaguez misteriosa e doce: a nostalgia do possível.”

(Antoine Laurain, no livro A caderneta vermelha)

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Bebeu mais um gole de vinho...

Anthony Stewart


“Bebeu mais um gole de vinho, com a nítida impressão de que ia cometer um ato proibido. Uma transgressão. Um homem não remexe a bolsa de uma mulher – até os povos mais atrasados devem obedecer a essa regra ancestral. Os maridos de tanga seguramente não tinham o direito de ir procurar, na bolsa de couro curtido de suas esposa, uma flecha envenenada ou uma raiz para trincar. Laurent jamais abrira a bolsa de Claire, aliás nem mesmo a de sua mãe quando ele era criança, nem a de nenhuma mulher. No máximo, tinha ouvido às vezes: ‘Pegue as chaves na minha bolsa’, ou ‘Tem um pacote de lenços de papel na minha bolsa, traz para mim’. Só havia metido a mão numa bolsa feminina com uma autorização expressa, que aliás mais parecia uma ordem, e só era válida por um período limitadíssimo: quando Laurent não encontrava as chaves ou os lenços em menos de dez segundos e começava a fuxicar o conteúdo da bolsa, ela era imediatamente recuperada pela proprietária. O gesto se fazia acompanhar de uma frasezinha irritada, sempre no imperativo: ‘Me dê isso aqui!’, e as chaves ou o pacote de lenços logo apareciam.”

(Antoine Laurain, no livro A caderneta vermelha)

Um clássico é um livro...

Adam Pekalski


“Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.”

(Ítalo Calvino)

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Uma existência inteira...


“Uma existência inteira dedicada à leitura o satisfaria, mas não lhe fora dada. Teria sido preciso escolher seu caminho mais cedo, saber o que iria fazer após o ensino médio. Ter um projeto de vida...”

(Antoine Laurain, no livro A caderneta vermelha)

quarta-feira, 13 de julho de 2016

É a sua vida que eu quero...

Elin Danielson Gambogi

É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia-a-dia

E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor

(A linha e o linho, de Gilberto Gil)

terça-feira, 12 de julho de 2016

Docemente equilibrada...

Greg Mably

Docemente equilibrada,
ia a lua pelos ares,
qual linda concha embalada
pela corrente dos mares.

(Gonçalves Dias)

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Sem dar chance ao desatino...

Otar Imerlishvili


Sem dar chance ao desatino,
quando a dor te atormentar,
tenta torcer o destino
cantando, em vez de chorar!

(Ulysses de Carvalho Junior)

sexta-feira, 8 de julho de 2016

O grande tenor se cala...

Camille Engel

O grande tenor se cala
ante o pássaro silvestre.
– É o discípulo de gala
querendo escutar o mestre.

(A. de Assis)

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Conheço apenas Dona Margarida...

Aubrey Beardsley

Conheço apenas Dona Margarida
Por tê-la visto, acaso, num salão.
Seu negro olhar, cheio de fogo e vida,
Deixava em cada peito uma ferida,
Em cada peito abria uma paixão.

E eu, como os outros, vendo-a tão querida,
Tão moça, tão formosa, tão feliz,
Trouxe comigo, na alma dolorida,
A funda mágoa, Dona Margarida,
De não ter dito o que dizer lhe quis.

(Dona Margarida, de Paulo Setúbal)

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Coroada de névoas...

Gina Blickenstaff

Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.

(Manhã de Inverno, de Machado de Assis)

terça-feira, 5 de julho de 2016

Sem inspiração...

Blaise Vlaho Bukova

Sem inspiração
estou agora.
Tento atiçar a imaginação
mas ela demora.
Não consigo pensar em algo
que faça rimas.
É como querer acertar o alvo
com a flecha apontada para cima.
Não acho um bom assunto
que se organize bem em versos.
Mesmo sabendo que no mundo
há mil assuntos diversos.
Que coisa chata,
não consigo imaginar.
Isso quase me mata,
porque é horrível não poder pensar.

Mas espere um momento,
mesmo não tendo um tema,
se estas frases vou relendo,
vejo que é um poema!

(Poesia por acaso, de Clarice Pacheco)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Pois só quem ama...

Katya Gridneva

“Pois só quem ama pode ter ouvido
capaz de ouvir e entender estrelas.”

(Olavo Bilac, no poema Ouvir Estrelas, in Via Láctea)