quinta-feira, 30 de abril de 2015

Não sabíamos onde ela estava...


Não sabíamos onde ela estava. Sim, nós a víamos na cama. Mas será que ela estava mesmo na cama? Aquela proximidade visível escondia uma distância invisível que não podia ser medida. Estaria andando por lugares que não conseguíamos ver? O seu silêncio impenetrável nada dizia sobre o mistério. O que a Cecília [Meirelles] disse de sua avó também poderia ter sido dela: “Tudo em ti era uma ausência que se demorava: uma despedida pronta a cumprir-se...”. Aquele corpo transparente era a presença de uma ausência. Uma despedida pronta a cumprir-se? Alguns de nós suspeitávamos, ao contrário do que disse a Cecília, que aquela era uma despedida que não queria cumprir-se. Queria adiar... Porque ela amava muito a vida.

(Rubem Alves, em Pimentas)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Sempre alegrinho...

Margaret Pappas


“Sempre alegrinho, na sua alma não há espaço para sentir a compaixão. Para haver compaixão, é preciso saber estar triste. Porque compaixão é sentir a tristeza de um outro.”
(Rubem Alves, psicanalista, educador e escritor brasileiro)


“Ah! A imensa felicidade de não precisar estar alegre...”
(Fernando Pessoa, poeta português)

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Cada um de nós é vários...


“Cada um de nós é vários, é muitos, é uma prolixidade de si mesmos. Por isso aquele que despreza o ambiente não é o mesmo que dele se alegra ou padece. Na vasta colônia do nosso ser há gente de muitas espécies, pensando e sentindo diferentemente.”

(Fernando Pessoa, em O Livro do Desassossego)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A hora de ler...

Giulia Orecchia

“A hora de ler é qualquer hora: nenhum aparato, nenhum compromisso de hora ou lugar, é necessário. É a única arte que pode ser praticada a qualquer hora do dia ou da noite, quando há inclinação ou tempo, esse é o seu momento para a leitura; na alegria ou na dor, na saúde ou na doença.”
(Holbrook Jackson, jornalista, escritor e editor inglês)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dia Mundial do Livro

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“Livros são almas aprisionadas até que alguém os tire de uma prateleira e os liberte.”

(Samuel Butler, escritor inglês)
 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

22 de Abril - "Descobrimento" do Brasil

Berenice Barreto Fernandes - Berenic


Verde pátria que, em sono profundo,
Escondias teu régio esplendor,
Vem mostrar, para espanto do mundo,
Teus tesouros de força e de amor.

Salve, terra dos rios enormes,
— Virgem berço da raça tupi!
Anda, acorda, desperta, se dormes,
Que teus filhos já chamam por ti!

(poema Brasil, de Humberto de Campos)