terça-feira, 17 de junho de 2014

Quem me dera ouvir...



Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos.

(Poema em Linha Reta, de Álvaro de Campos, heterômio de Fernando Pessoa)

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