Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma
infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me
falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que
uma vez foi vil?
Ó
príncipes, meus irmãos.
(Poema em Linha Reta, de Álvaro de Campos, heterômio de Fernando Pessoa)
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