quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Nunca sei como é...

Cornelis Jetses

Nunca sei como é
que se pode achar
um poente triste.
Só se é por um poente
não ter uma madrugada.
Mas se ele é um poente,
como é que ele
havia de ser uma
madrugada?

(Nunca sei, de Alberto Caeiro, pseudônimo de Fernando Pessoa)

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