terça-feira, 21 de julho de 2015

Para podermos nos despedir...

Alexander Utkin

“Para podermos nos despedir de alguma coisa, pensou, enquanto o trem se punha em marcha, é preciso enfrentá-la de uma forma que gere um distanciamento interior. É preciso transformar essa naturalidade tácita, difusa, que toma conta da gente, em uma clareza que revela o significado de tudo aquilo. Materializando-se em algo com contornos nítidos. Alguma coisa tão nítida quanto a lista dos inúmeros alunos que haviam determinado a sua vida mais do que qualquer outra coisa.”

(Mercier Pascal, em Trem Noturno Para Lisboa)

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