terça-feira, 4 de agosto de 2015

Rosa era seu nome...

Arthur Ernst Becher
 
“Rosa era seu nome e – como a mulher dos meus sonhos, aquela de quem nunca saberei todos os segredos e para quem sempre terei uma história nova – era misteriosa, elegante, cheia de enigmas. Suas linhas perfeitas escondiam-lhe muito bem a idade. Muito se contava a seu respeito. Grandes aventuras, viagens perigosas. Todos na ilha a conheciam.
Não resisti, e fui ter com ela. E, desde a hora em que deitei os olhos em suas doces curvas, não descansei mais até que fosse minha. Pertencia a um velho pescador, e não foi fácil fazê-lo entender essa súbita paixão.
Rosa IX, linda e encantadora canoa de nobre madeira, o caubi, nove metros talhados de uma única tora, linhas perfeitas, traço fino, estilo apurado, um verdadeiro caso de amor.”

(Amyr Klink, em Cem Dias Entre Céu e Mar)
 

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