sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Alta, esguia, majestosa...

Yara Tupinambá

Alta, esguia, majestosa,
De uma beleza sem par,
Contemplo a esbelta palmeira
Banhada pelo luar.

A seus pés um lago azul,
Onde em calma ela se mira,
Põe na paisagem noturna
Cintilações de safira.

De longe, chega em surdina
A voz rouca das cascatas:
É a sinfonia dos rios
Soluçando serenatas.

Nessa hora em que a noite é um templo,
E o firmamento, um altar,
Sob os círios das estrelas
Em silêncio a vi rezar.

Na linguagem da saudade,
O coração da palmeira,
Pedia as bênçãos do céu
Para a terra brasileira.

(Walter Nieble de Freitas, no poema A palmeira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário