quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Estranho o teu Cristo, Rio...

Cristina Orensztajn


São sete horas da manhã
Vejo o Cristo, da janela
(...)

Estranho o teu Cristo, Rio
Que olha tão longe, além
Com os braços sempre abertos
Mas sem proteger ninguém
Eu vou forrar as paredes
Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério
Eu vou dar o meu desprezo

(Um trem para as estrelas, de Cazuza e Gilberto Gil)

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