terça-feira, 9 de maio de 2017

Quando era muito jovem...

John Michael Carter

“Quando era muito jovem, Stoner pensara no amor como um estado absoluto da existência que um homem, se tivesse sorte, poderia ter o privilégio de vivenciar. No entanto, em sua maturidade, ele o rejeitara como o paraíso de uma religião falsa, que se devia contemplar com irônico ceticismo, desprezo suave e maduro, além de uma nostalgia embaraçada. Agora, em sua meia-idade, ele começava a entender que não era nem um estado de graça nem uma ilusão. Via-o como uma parte do devir humano, uma condição inventada e modificada momento a momento e dia após dia, pela vontade, pela inteligência e pelo coração.”

(John Williams, no livro Stoner)

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